As tecnologias para tratamento de água são um dos avanços da sociedade contemporânea. Com elas, várias doenças de veiculação hídrica são prevenidas, o que traz maior segurança ao consumo de água. Para remover micro-organismos causadores de doenças, cloro é adicionado ao líquido.
No entanto, apesar de eliminar patógenos, a água com cloro pode trazer riscos à saúde, caso os níveis do composto estejam acima do limite recomendado. Neste artigo, você vai conhecer os principais problemas associados ao contato e à ingestão de água com excesso de cloro. Vamos lá?
Por que o cloro é adicionado à água?
Antes de chegar às nossas casas, a água é tratada nas Estações de Tratamento de Água (ETAs). Uma das etapas do tratamento é adição de cloro, devido ao seu poder desinfetante. Ele atua na eliminação de organismos patogênicos da água: vírus, bactérias e protozoários.
Após a cloração, é mantida uma quantidade residual de cloro na água de forma preventiva, para o caso de ocorrer alguma contaminação na rede de distribuição. O composto vem sendo utilizado no tratamento de água desde o início do século XX, devido ao seu baixo custo e à sua eficiência na eliminação de micro-organismos causadores de doenças. Seu uso é regulamentado pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, que determina o valor máximo permitido de cloro residual livre na água igual a 5,0 mg/L.
Deve-se ter especial atenção à aplicação de cloro em águas que contêm substâncias húmicas, as quais são originadas da decomposição de matéria orgânica. Quando em contato com essas substâncias, o desinfetante leva à formação de trihalometanos (THM), os quais podem gerar riscos à saúde humana, entre eles o desenvolvimento de câncer. Nesse caso, métodos alternativos para desinfecção podem ser utilizados, como a ozonização ou aplicação de radiação ultravioleta.
Quais problemas a água com cloro pode trazer à saúde?
Caso a aplicação de cloro na água não atenda ao limite estabelecido pelo Ministério da Saúde, a ingestão da água pode levar a problemas de saúde. Além do risco de gerar compostos tóxicos em águas húmicas, se ingerido em excesso, o desinfetante pode levar a coceiras na pele, irritação dos olhos e ressecamento dos cabelos.
As chances de câncer na região dos rins, bexiga e vias urinárias também aumentam, além do risco de doenças cardiovasculares e problemas respiratórios. Ademais, a irrigação de plantações com água tratada com cloro e a lavagem dos alimentos acaba por contaminá-los com o composto. Até mesmo os animais de estimação são atingidos, ao beber água encanada.
Além da ingestão da água, outra fonte do problema são as piscinas tratadas com cloro. Ao contrário das ETAs, o controle da aplicação do composto é menos rígido em clubes e academias. Caso a água da piscina não seja trocada periodicamente, o cloro presente na água pode reagir com resíduos corporais e gerar compostos tóxicos. Essa situação se agrava quando o local não conta com ventilação adequada, o que contribui para a permanência das substâncias no ar.
Como eliminar o excesso de cloro da água?
Já estão disponíveis no mercado diversas opções de purificadores de água. Existem modelos que, além de filtrar a água, conseguem eliminar o excesso de cloro.
Uma boa escolha são os purificadores que, além de filtrar e eliminar o cloro, geram água alcalina ionizada, que traz vários benefícios à saúde.
Portanto, a água com cloro pode trazer prejuízos à saúde. Em localidades onde a fiscalização é ineficiente, há o risco de o composto ser adicionado à água em valores superiores ao permitido pelo Ministério da Saúde. Por isso, é interessante contar com um bom purificador de água em casa.
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