Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública, a obesidade também traz uma série de doenças crônicas e até eleva a possibilidade de gerar depressão.
Um estudo publicado no científico Archives of General Psychiatry¹ apresenta indícios biológicos da relação entre obesidade e depressão, doença que é caracteriza por uma tristeza profunda e duradoura. Entre os sintomas da doença estão: alterações de humor, perda de interesse nas atividades diárias e até dores físicas que não são identificadas em exames médicos.
Para se ter uma ideia dessa associação entre depressão e obesidade, cerca de 30% das pessoas que procuram tratamento para perda de peso apresentam depressão. Outro dado alarmante: 58% das pessoas com depressão correm o risco de desenvolver obesidade.
A Gerente Médica de Obesidade da Novo Nordisk, Rocio Riatto Della Coletta, explica que as duas doenças podem acontecer por conta de alterações bioquímicas no cérebro.
“Em pessoas com depressão, há níveis um pouco mais elevados do hormônio cortisol, que podem alterar as células de gordura e resultar em um aumento do acúmulo de gordura (principalmente abdominal) no corpo”, afirmou a médica.
Outro fator que liga uma doença à outra é a busca pelo “corpo perfeito” que tem levado muitas pessoas obesas a desenvolverem depressão por estarem fora do padrão de beleza imposto.
Exercícios físicos são aliados no combate à depressão e à obesidade
Uma das melhores formas de prevenir e tratar a depressão e a obesidade é a prática regular de atividades físicas.
Uma pesquisa apresentada por pesquisadores da Universidade do Texas, em Dallas, revela que exercícios físicos praticados de três a cinco vezes por semana podem amenizar os sintomas da depressão após cerca de quatro semanas.
“A prática de atividades físicas não só acelera o metabolismo, como também contribui para um maior gasto energético. Estudos demonstram que, independentemente do peso inicial, uma perda de peso de 5-10% em pessoas com obesidade traz benefícios expressivos à saúde, incluindo melhoras dos níveis de glicemia sanguínea, da pressão arterial, dos níveis de colesterol e da apneia obstrutiva do sono”, garante a médica.