O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia realizou uma pesquisa a respeito do consumo de açúcar por parte da população brasileira e descobriu dados interessantes a respeito da saúde dessas pessoas.
A pesquisa faz parte da campanha “Doce Equilíbrio” que visa conscientizar as pessoas de que o excesso de consumo faz mal à saúde.
A ideia é estimular o consumo moderado desse produto que está presente em quase todo alimento. “O ingrediente só é negativo quando ingerido em grande quantidade e somado à uma vida de excessos, estresses e sedentarismo”, ensina o Dr. Daniel Magnoni, cardiologista e chefe de nutrição do Instituto.
Os resultados da pesquisa mostram que o açúcar está presente habitualmente na vida de 71% dos entrevistados. Destes, 88% consomem o ingrediente no café, ou no chá, 61,5% no preparo de sobremesas e bolos, 57% nos sucos e 42% no leite.
O estudo diz também que o mais consumido, por 85% dos entrevistados, é o açúcar refinado e que 46,5% o utilizam de uma a três vezes por semana.
Outro dado interessante é que as mulheres consomem mais que os homens, sendo elas 53,5% dos entrevistados que confessaram consumir muito desse ingrediente.
Açúcar e atividade física
Um dado interessante mostrado pelo estudo é que entre as pessoas que consomem açúcar, mas fazem atividade física o peso é normal.
Ou seja, apesar do consumo diário do ingrediente, sem exageros, os entrevistados conseguem manter o peso normal por conta das atividades físicas que realiza.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 10% das calorias totais diárias podem ser obtidas via açúcar”, diz o Dr. Magnoni.
O médico também chama a atenção para que esse dado comprova que o açúcar não é o principal causador da obesidade.
“Esse índice mostra que o ingrediente não é a principal causa da obesidade ou do sobrepeso, e sim um coadjuvante. Doenças como obesidade e diabetes são multifatoriais, ou seja, podem ter diversas causas, sendo que nenhuma delas é o consumo isolado do açúcar”, diz.